Assim como em todos os mercados, a área da logística internacional também traz novas tendências todos os anos. Então, a melhor forma de saber dessas tendências é no Comex 2023, o evento mais importante do ano para o setor.
Assim, é claro que íamos trazer para você quais são essas novidades.
O evento aconteceu no ano passado, com a presença de vários palestrantes importantes, que trouxeram muitos insights do mercado.
Portanto, se você continuar lendo esse artigo, vai saber mais sobre:
- Comércio eletrônico transfronteiriço;
- Digitalização do comércio exterior e novas tecnologias;
- Tensões entre países;
- Sustentabilidade;
- Acordos comerciais;
- Desafios brasileiros para 2023
Então, se você quer ficar por dentro de tudo que vai acontecer esse ano, é só começar a leitura agora mesmo.
Comércio eletrônico transfronteiriço
Em primeiro lugar, temos como uma tendência da área do comércio exterior o comércio eletrônico transfronteiriço.
Mas o que é esse nome tão difícil? Calma que a gente explica.
Sabe aquela compra online que você faz de sites do exterior? Seja de roupas, eletrônicos, enfim, o que for? Pois é, isso é o comércio eletrônico transfronteiriço.
Ou seja, são todas as compras realizadas de forma virtual entre diferentes países.
Com o início da pandemia em 2020, as compras online tiveram um boom gigantesco, em especial as feitas de forma internacional.
Contudo, mesmo com o fim da pandemia esse comportamento continua, mas isso traz desafios.
A questão tributária e aduaneira, por exemplo, precisam ser bem avaliadas. Inclusive, no ano passado surgiu até mesmo uma medida provisória para taxar esse tipo de compras, já que o mercado nacional se sentiu ameaçado. No entanto, não foi para frente.
Além disso, o alto volume de compras aumentou também a necessidade de mais logística internacional.
Digitalização do comércio exterior e novas tecnologias
Em segundo lugar, algo que veio para ficar na logística internacional é a utilização de novas tecnologias.
Nesse sentido, essas implementações vêm com o objetivo de acelerar processos, reduzir custos e também trazer proteção.
A tecnologia blockchain, por exemplo, pode evitar fraudes na documentação aduaneira.
Ainda, o próprio controle de logística de forma automatizada garante mais celeridade no transporte e controle do que é importado ou exportado.
Dessa forma, todo o ciclo de logística, com mais tecnologia, se torna mais rápido e mais seguro para todos os envolvidos.
Inclusive, existem tecnologias que podem ser implementadas para o uso de inteligência artificial nessa área.
Então, teremos que aguardar os próximos capítulos para ver como será a aplicação prática de tudo isso.
Tensões entre países
Certamente, você já deve ter visto que o início de ano foi um tanto quanto tenso nas relações entre os países.
China e Estados Unidos sempre em um clima complicado, bem como a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Para o comércio exterior e logística internacional esses são problemas bem grandes, já que são países super importantes.
Ou seja, qualquer problema em um deles, pode afetar a cadeia toda de logística em outros países.
No ano passado, por exemplo, a exportação de grãos e gás ficou comprometida em razão da guerra.
Porém, infelizmente, a tendência é que esses conflitos continuem ao longo de 2023.
Dessa forma, o que resta às empresas que trabalham com países que têm esse risco, é já prever formas de contornar os problemas caso algo venha a acontecer. Por exemplo, pensar em países alternativos para a importação ou exportação de suas mercadorias.
Sustentabilidade
Em quarto lugar, algo que não é tendência, mas sim uma premissa básica para todas as áreas e que será cada vez mais cobrada, está a sustentabilidade.
Com o aumento de desastres em razão de condições climáticas, empresas e governos têm cobrado de todos a execução de práticas sustentáveis para reduzir danos.
Na logística, por exemplo, sabemos que os navios contribuem bastante para a poluição dos oceanos. Ao mesmo tempo que os caminhões são prejudiciais também pela emissão de C02.
Portanto, o desafio de todos será pensar em formas alternativas para evitar esses danos ao meio ambiente. Como, por exemplo, usar combustíveis renováveis ou embalagens recicláveis para o transporte das mercadorias.
Inclusive, as empresas menores precisam ter muita atenção com isso e buscar quanto antes melhorar a sua sustentabilidade. Isso porque as grandes empresas do mercado, daqui a um tempo, só irão se relacionar com quem comprovar que age de maneira sustentável nos seus negócios.
Além disso, o próprio consumidor vem demandando um posicionamento de marcas para aderirem a essa pauta. Portanto, não há como fugir dessa tendência do Comex 2023.
Acordos comerciais.
Por fim, uma outra questão que também estará em alta esse ano são os acordos comerciais.
De acordo com o que você viu antes, vários países estão em clima de tensão uns com os outros.
Ou seja, a qualquer momento um novo conflito pode surgir e o comércio exterior ficar prejudicado.
De maneira geral, quando isso acontece, surgem novos acordos comerciais entre outros países.
Portanto, para empresas que souberem aproveitar, essa pode ser sim uma nova oportunidade de negócio no Comex 2023.
Então, as empresas precisam estar em constante estudo de mercado para identificar essas oportunidades e evitar problemas em suas operações.
Desafios brasileiros para 2023
As tendências que listamos acima estão, com certeza, mais relacionadas ao cenário mundial para o comércio exterior.
No entanto, é interessante que você também preste atenção no cenário brasileiro.
Trazemos isso porque nesse início de ano, com a mudança de governo, é normal que surjam novas diretrizes e leis que podem afetar o setor. Tanto negativamente, quanto positivamente.
Não há como ter uma previsão concreta sobre isso, por isso é sempre importante estar em estado de alerta e acompanhando o mercado.
Além disso, de maneira geral a economia mundial tende a entrar em uma recessão econômica, até mesmo por reflexos da pandemia.
Ou seja, fatores externos econômicos também podem impactar nosso cenário nacional para o Comex 2023.
Assim, as empresas brasileiras precisam estar sempre atentas às mudanças que ocorrem na logística internacional, para protegerem seus negócios.
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