Já imaginou viver em um mundo sem logística de medicamentos? Viveríamos em um verdadeiro caos em busca de insumos para nossa sobrevivência.
Portanto, para ressaltar a importância da logística de medicamentos e explicar como ela funciona, escrevemos esse artigo exclusivo para você!
Hoje, vamos abordar:
- A logística de medicamentos no Brasil;
- Cadeia de fornecimento farmacêutica;
- Desafios da logística de medicamentos.
Tudo pronto? Vamos começar então!
A logística de medicamentos no Brasil
Ao ler o termo “logística de medicamentos” podemos entender que isso seria o processo de transporte de medicamentos.
Porém, a logística de medicamentos, também conhecida como logística farmacêutica, é muito mais do que apenas o transporte, ela trata de toda a cadeia de armazenamento e estocagem dos suprimentos médico-hospitalares.
No Brasil, um dos maiores distribuidores e consumidores de medicamentos é o setor público, inclusive, quem realiza o controle da logística de medicamentos são os órgãos de vigilância sanitária.
Isso, por que, medicamentos e suprimentos hospitalares precisam de condições muito específicas para se manterem utilizáveis.
Por vezes, até as menores alterações em um processo logístico podem fazer com que um medicamento perca suas propriedades farmacêuticas.
Por isso, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) possui uma série de regras essenciais para o processo logístico de medicamentos.
Entre as regras, a RDC 39/2013 é uma das principais, pois essa é a resolução que especifica quais são os procedimentos para a concessão de certificações para quem quer fabricar, distribuir e armazenar produtos na área da saúde.
Por esse e tantos outros motivos, a logística farmacêutica é considerada uma das mais complicadas, e para entendermos como funciona todo o processo logístico precisamos falar sobre a cadeia de fornecimento farmacêutica.
Cadeia de fornecimento farmacêutica
Primeiramente, sabe-se que cadeia de suprimentos farmacêuticos é muito ampla e possui diversos processos, desde a fabricação até a chegada ao consumidor final.
Então, os principais processos dessa cadeia são:
- Fabricação;
- Armazenamento;
- Distribuição;
- Gestão e Regulamentação;
- Logística Reversa.
Agora, vamos te contar o que acontece em cada uma dessas fases.
Fabricação
O processo de fabricação de medicamentos costuma depender da medicação em si.
Algumas medicações mais “simples” costumam passar por etapas menos rigorosas de controle, já alguns produtos como vacinas devem passar por inúmeros processos para controle de qualidade e armazenamento.
A fabricação de uma vacina, por exemplo, ocorre nos seguintes moldes:
- Após a produção do princípio ativo em laboratório, a vacina é formulada, acrescentando conservantes e estabilizantes;
- A vacina é envasada em frascos de vidro, por serem mais resistentes;
- Algumas vacinas ainda passam por um processo de liofilização, para retirar toda a umidade da fórmula;
- Só agora, ocorre a rotulação das vacinas, especificando o tipo da vacina, data da fabricação, lote e o prazo de validade.
Processo longo, né?!
Por isso, a supervisão e controle da produção em larga escala desses medicamentos é essencial.
Armazenamento
Após a etapa de fabricação do medicamento, a preocupação se torna armazenar a medicação de forma correta.
Isso por que os medicamentos devem se manter em temperaturas e iluminações específicas para poderem manter suas propriedades medicinais.
Para solucionar essa questão, existem veículos e equipamentos tecnológicos nos centros de distribuição de medicamentos.
Distribuição
A preocupação sinalizada na etapa anterior continua existindo na parte de distribuição, por isso, os veículos utilizados para trasporte dos medicamentos devem ser devidamente equipados.
É muito comum, por exemplo, que existam sensores para monitorar a temperatura em veículos, ou até mesmo veículos refrigerados entre 2°C e 8°C.
A temperatura dos medicamentos é tão essencial devido aos trajetos dos veículos, pois cargas de medicamentos são raramente enviadas de um ponto A até um ponto B, normalmente elas possuem inúmeras paradas, separando as medicações em pequenos lotes.
Além disso, é importante comentar que a escolha do veículo de transporte de medicamentos acontece conforme a urgência de chegada do mesmo.
Por exemplo, algumas insulinas são transportadas em aviões, pois precisam estar constantemente armazenadas em uma temperatura baixa o bastante para manterem suas propriedades.
Porém, medicamentos que não apresentam grandes necessidades em relação ao seu armazenamento, podem ser transportados em outros veículos.
Gestão e regulamentação
Nessa etapa, os medicamentos chegam aos seus devidos destinos, hospitais, postos e farmácias.
Então, nesse momento cabe aos órgãos reguladores e farmacêuticos o controle dos medicamentos, visando manter a organização e distribuição da marca ao consumidor final de forma correta.
Logística Reversa
A logística reversa também está presente na logística de medicamentos, sendo a última etapa desse longo processo.
Nesse momento, as fabricantes precisam se responsabilizar pelo descarte correto dos medicamentos vendidos, estragados ou inutilizados.
A logística reversa de medicamentos não é apenas mais uma etapa, mas sim essencial.
Um medicamento descartado de forma incorreta pode gerar uma cadeia de eventos prejudiciais.
Por exemplo, quando descartado na água ou em aterros, pode contaminar grandes espaços naturais.
Além do risco ambiental, um medicamento vencido consumido por engano pode ser prejudicial à saúde de quem o consome.
Por isso, no Brasil, a logística reversa de medicamentos está regulamentada desde 2020, e segundo o decreto 10.388, o consumidor precisa levar medicamentos vencidos ou em desuso até uma farmácia, onde os produtos são recolhidos pelas distribuidoras.
Só então, os medicamentos serão entregues novamente à indústria, que deve destruir os medicamentos em um incinerador, usina de processamento ou aterro sanitário de grau 1, controlado pleo governo.
Se você quiser saber tudo sobre logística reversa, já temos um artigo completo sobre isso aqui no blog, clica aqui para ler.
Agora que você já conhece todos os processos da logística de medicamentos, vamos falar sobre os principais desafios dessa logística.
Desafios da logística de medicamentos
Já deu para perceber que a logística de medicamentos é um setor muito importante, e relativamente complicado pela extensão e obrigatoriedade de seus processos.
Os desafios dessa cadeia se iniciam desde a fabricação até a logística reversa dos produtos.
Itens como a rapidez na entrega, o cuidado com a temperatura dos medicamentos (tanto na armazenagem quanto no transporte), implementação de novas tecnologias e conformidade quanto às regras da ANVISA.
Inclusive, nós da Prompt somos aptos e regulamentados pela ANVISA para realizar o transporte de medicamentos e insumos hospitalares.
Inclusive, durante a pandemia de COVID-19, nossas ações logísticas foram essenciais para garantir a importação de respiradores, seringas, testes de COVID-19, entre outros equipamentos médicos essenciais.
Temos muito orgulho desses feitos, e por isso decidimos compartilhar em um conteúdo especial tudo que sabemos sobre a logística de medicamentos no Brasil.
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