O etanol é dos principais produtos que o Brasil realiza exportação, com a alta de demanda global de biocombustível.
Todavia, nos últimos anos, o país tem enfrentado alguns desafios para suprir a cadeia logística por conta de diversos fatores, como as mudanças do clima, como a estiagem.
Com o setor enfraquecido devido ao volume menor que esperado, novas alternativas de exportação estão surgindo para evitar a falta dele nos postos de combustíveis.
Então, neste artigo, vamos abordar sobre como isso pode afetar a exportação do produto!
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Qual a relação com o clima seco?
Primeiramente, o etanol é um dos principais tipos de biocombustíveis produzidos no mundo, onde o Brasil é um dos maiores produtores desse tipo de produto.
Mas afinal, você sabe como o etanol é produzido até chegar aos postos de combustível?
Basicamente, este tipo de produto surge a partir da cana-de-açúcar, onde o plantio está concentrado nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país.
Por ser um biocombustível, ele depende diretamente do bom cultivo e colheita de cana-de-açúcar ou até mesmo de milho para ter uma boa qualidade.
No entanto, o clima seco afeta diretamente na produção e consequentemente, na disponibilidade e preço pela demanda do produto.
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado longos períodos de estiagem, o que influenciou os números da exportação e pode comprometer, caso persista, o desempenho do setor nos próximos ciclos.
Além disso, devido à alta demanda do etanol por parte de indústrias de diversos setores ao redor do mundo, qualquer redução na oferta pode provocar aumento no preço por litro.
Fatores que impactam a exportação
Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil teve uma queda de 15% no valor total exportado entre o 1º semestre de 2024 e 2025.
Além disso, o preço médio por metro cúbico também diminuiu, o que pode ter impactado diretamente no valor total exportado.
Resumidamente, o Brasil exportou quase o mesmo volume no início de 2025, mas por um preço menor, o que resultou em um faturamento mais baixo no comparativo com o mesmo período de 2024.
Uma dos impactos negativos para esse número baixo é a queda da produção de biomassa de cana-de-açúcar no Brasil devido à seca excessiva ou queimadas nas regiões de plantio.
Como todo biocombustível, o etanol depende da qualidade agrícola.
Outros impactos além da seca
Além da escassez de chuvas, outros fatores climáticos também afetam a produção de etanol no Brasil:
- Queimadas não controladas, que danificam grandes áreas de plantio;
- Altas temperaturas prolongadas, que estressam as plantas e reduzem seu desenvolvimento;
- Problemas no transporte, como a redução de calado nos rios, afetando a logística de escoamento do produto.
Essas questões colocam em evidência a necessidade de investimentos em sustentabilidade, irrigação e tecnologias agrícolas.
Por isso, para o país conseguir manter sua posição no mercado global mesmo diante de adversidades climáticas.
Logística de exportação e escoamento
Outro ponto muito importante que influencia diretamente na exportação de etanol é a logística internacional.
Afinal, o Brasil é um país de dimensões continentais e ainda enfrenta desafios de infraestrutura em muitos de seus corredores logísticos.
Dessa forma, a maior parte do etanol é transportada por rodovias até os portos de exportação, envolvendo custos elevados e risco de atraso.
Durante períodos de seca intensa, algumas rotas fluviais também podem ser afetadas, uma vez que são comprometidas com falta de água no curso.
Além disso, o etanol, por ser um produto inflamável, ainda exige cuidados específicos no armazenamento e transporte, em qualquer modal que o exportador escolher.
Portanto, a infraestrutura brasileira pode limitar a expansão da exportação para outros país, mesmo em anos de boa safra da cana-de-açúcar.
Concluindo…
A boa produção de etanol é fundamental para a boa exportação do produto brasileiro para países que dependem de combustíveis para movimentar indústrias e transportes.
Dessa forma, investir em infraestrutura nos campos agrícolas para ter mais estabilidade no cultivo, é uma alterativa para a exportação continuar com a posição estratégica do país no cenário global.
Mais do que uma questão econômica, o etanol representa uma oportunidade de fortalecer a sustentabilidade no setor energético do país e no comércio internacional.
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